E X A T I D Ã O…A L H E I A
As vezes me esbarro num canto
e me ponho a perguntar, sem perceber,
sendo que na maioria das vezes começo a…
lacrimejar… soluços, nada mais.
Ah!... Crueldade imunda, mundana.
Peito vazio, útero pleno de morte,
nos tombos da vida.
Um saco de ossos, assim me sinto.
Explorada pelo o bom
cidadão. Santo não.
Onde vou buscar solução?
Minha nudez reflete no ato
excêntrico do pensar… vagar.
Vende-se um genital exausto
pelo explorar do… não sei.
Apenas por um pedaço de pão,
a não… exploração fatídica de
momentos raros, onde dois não
se cruzam com as mercadorias.
Na raridade do tempo, vejo-os
meticulosamente pensando.
Quanto valemos? E de onde poderá
vir a solução para os pecadilhos
de poucos e o adultério de muitas.
Pó ressequido pelo vento.
E todos erguem suas mãos para
o apedrejamento… e as lágrimas
que banham as pedras não dão
respostas precisas… incisivas.
Onde estão as fontes?
Não é uma profissão?
Ah! Não. É uma mera falta
de imaginação, confusão,
execução… conclusão.
… não existe a tal faceta da ampliação…
Questiona a lady…
O que faço aqui?
Sou louca. Palavras me fizeram
bailar no peso da inocência.
E agora penso ser gente.
Concorda?
Pergunte a César…
Sou Magdala.
A senhora da vinda.
Vida…
Prestemos atenção na…
próxima cena.
Comerciais por favor.
Amor.
Editada em 30.10.1992
Reeditada em 06.09.24
Eugênio Costa Mimoso.