Eu queria um tempo...
Eu também queria um tempo...
Um tempo para rever fotografias perdidas nas gavetas.
Eu também queria um tempo...
Um tempo para lembrar histórias contadas à Lua em segredo.
Eu também queria um tempo...
Um tempo para rever escolhas não tomadas nos caminhos que trilhei.
Na ampulheta, o pó do tempo se desfaz em silêncio,
Escorrendo alheio a tudo e a todos.
Em meio a meus desejos, as fotografias continuam perdidas nalguma gaveta.
A Lua, já nem lembra dos segredos partilhados.
As escolhas, frutos da minha liberdade, continuam a me angustiar...
E eu continuo aqui, querendo um tempo para me encontrar.