CENTELHA
CENTELHA
Cabeça e dedos inertes
Inspiração ausente
Sem poesia
Inexistindo flertes
Dia após dia
Esperando presentes
Mas qual o que
Porque sem porquês
O verso flutua
Na imensa secura
Será que há cura
Mudança de lua
Ou escassez severa
O poeta já era
Vazio de centelha
Que lhe dê na telha
Uma mísera estrofe
Que seria um rega-bofe