CENTELHA

CENTELHA

Cabeça e dedos inertes

Inspiração ausente

Sem poesia

Inexistindo flertes

Dia após dia

Esperando presentes

Mas qual o que

Porque sem porquês

O verso flutua

Na imensa secura

Será que há cura

Mudança de lua

Ou escassez severa

O poeta já era

Vazio de centelha

Que lhe dê na telha

Uma mísera estrofe

Que seria um rega-bofe

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 08/09/2024
Reeditado em 08/09/2024
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