Tela/LReinhardt

O azul do céu tinge meus olhos

cubro rosto com o

véu longínquo das montanhas

sou esse réptil que sonha

que não tem consciência

que é pó

sou indefinida sangria

dos arcanjos dos bemóis

de muitos sóis

de muita escuridão

sou flor como toda flor 

e se diferente  for serei vulgar

sou fielmente lua lunar lume

tingida de pranto 

Tão somente claro escuro

quem nunca entendeu

nem foi entendida

augusta sanha 

a tão pobre mortal