S A L M I S T A

Gestante estou

de inspirações mil

contorço em dores

e parto em versos.

Bendito és tu, seios fartos

que da terra tirastes o suor

da tua santa raça.

Ave, ó ventre sagrado

que do nada

fizestes um tudo

gerado pecador.

Santas são tuas mãos

tão pequenas, mas,

que moldastes na

barriga o entardecer

cria-sua-tura

desde sempre viver.

Preciosa vida, sois vós

entre todos

de mim, ocultastes

um pedaço de alvorecer.

Gemo

minha dores aumentam

segrego a sorte, cuja morte

me pega no porte

da sorte que eu arrisco;

eis meu porte.

Agora sim. Coroou.

E de cabeça erguida

nasço do nada

para o tudo.

Separados fomos

indagados

maltratados

superados

esperados,

exceto… amados.

Terás um novo

broto

que arrebenta

a pança da anca

de ontem no hoje?

Decido eu…

Parto.

Editada em 09.10.1992

Reeditada em 31.08.24

Eugênio Costa Mimoso.

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 06/09/2024
Código do texto: T8145537
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