*P*O*E*T*A*
Deus no auge do seu criar
gerou a vida… e essa é
a pála-vra…
Logo após essa sua obra,
transformou-se em
prosa, e na letra do desejo,
se fez verso, uma espécie
de ficção…
A vida se perpetua em mãos
Estas, se apaixonaram pela
caneta de tinta, grafite
santos instrumentos
de uma boa imagina-ação.
Depois de tudo quase
posto, pronto, Deus viu
que tudo era muito…
Bom. Abençoou e com
harmonia, descansou.
Então, o rebento veio
à tona e seu querer, seu
desejo de escrever
na graça da vida, na arte
das águas surgiu a luz…
o esculpir
nas palavras
sentimentos, pensamentos
que ninguém jamais pintou.
Pronto!
Nasceu aquele
que traduz, reduz
suas emoções
num risco
numa linha
numa frase
em uma folha.
Não importa!
Só carece mesmo
é você ler e aceitar.
Entender?
Carece não.
São apenas palavras.
Já eu. Eu?
Somos folhas limpas
sempre abertas
para o arco-íris.
Deixa o autor
fazer o resto.
pintou.
Editada em 21.10.1992
Reeditada em 01.09.24
Eugênio Costa Mimoso.