Alma em verso

Sou poeta, mas sou fera,

Com alma que nunca espera,

Nasço fogo, queima e arde,

No papel faço alarde.

Sou a força de um trovão,

Ecoando no sertão,

Sou o vento que sacode,

Que desmancha, que explode.

Se a raiva me domina,

Viro tempestade fina,

Mas no amor, sou calmaria,

Um jardim que se irradia.

Se no verso eu me encontrar,

Sou o mundo a desbravar,

Num grito que ninguém cala,

Poeta que nunca se abala.

Desbanquei-me, me enfrente,

Sou o verso, sou torrente,

E o universo, meu lugar,

É meu palco a conquistar.

Autor Rafael Teixeira
Enviado por Autor Rafael Teixeira em 04/09/2024
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