V.I.D.A
Expressão de amor,
quando tudo é calor…
Humano.
Amante da sorte
isto no próprio
romper da morte.
Ser, sem ter, mas que
na infinitude da graça
sempre sabe partilhar
o compreender, ou… tão
somente, mesmo sendo o
pouco que lhe resta.
É chance! Janela quase aberta
para um eterno alvorecer.
Canto… luto…
Luta… lágrima e em
algumas circunstâncias…
riso de aquele palhaço,
cem picadeiros.
É sentimento frio,
maestria, ardor.
É rio que corre sem lugar para
esbarrar… é menina sem
voz, nem vez para fazer,
gritar… libertar-se.
Quase razão para auscultar
tudo aquilo que temos
para esboçar… isso mesmo,
quando trocamos o luar
pelo solar.
É nada no tudo… quase todos.
No fim, enfim… é buscar
perdoar, jamais se conformar.
Viver, apesar… de sempre
padecer
de migalhas que
caem da mesa.
Seremos sempre cachorrinhos?
Garra no braço da viola
Faça falar suas doze
cordas e cante comigo.
Partida-dura, partitura.
Dó, ré,
mi, fá,
sol, la,
si… dó.
Das dores…
Viva.
Editada em 22.10.1992
Reeditada em 02.09.24
Eugênio Costa Mimoso.