P-A-L-H-A-Ç-O
Desculpem-me,
a cara pintada
a palavra mal dada
E a face borrada
pelo pseudo-riso.
Desculpem-me…
a falta de laço
a garra do afago
essa falta de abraço.
Essa graça sem ponto
e o sobre, sem nome
Perdoem-me,
esse meu nada quero
somente desejo roubar-te
um sorriso
para que… minha lágrima
presa na garganta, venha
a revelar-se…
Que também escorra
sobre minha fronte
conscientizando os
regos que se perfazem
no meu ego.
Assim, sendo viver,
eu sou mais você…
Então… deixe-me resplandecer
a alegria do teu amanhã,
mesmo tendo que encontrar-se
com o choro
esse agouro
que busca lhe
conquistar.
Sendo por mais…
Sorria
minha ternurice
encantadora… mia,
terna Eleonora.
Editada em 22.10.1992
Reeditada em 02.09.1992
Eugênio Costa Mimoso.