Queria jogar palavras a esmo na tela

Queria jogar palavras a esmo na tela

Se esgueiraram pelo teclado

E apareceram na tela branca

Alguns privilegiados

Muitos sem direitos básicos

Ralhei com essas palavras

Sou neutro, sou isento

Teimaram

Silenciados

E quem tem todos ouvidos

Aquém de sua fala

Alguns batem tambor

Alguns batem martelo

Quem bate martelo comete injustiças

Quem bate tambor protesta contra as injustiças

Bater martelo é apagar as vozes dissonantes

Tambores são para quem quer cantar

Dançar e remexer o corpo

Presente no mundo, passado de histórias

Contador de belezas

As palavras não me deixaram ser de outro povo.

Rodison Roberto Santos

São Paulo, 15 de novembro de 2023

Rodison Roberto Santos
Enviado por Rodison Roberto Santos em 04/09/2024
Código do texto: T8143864
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