Século 21
Mesmo que me vendassem os olhos,
Ainda assim, não conseguiria aceitar
A terrífica realidade do século nauseante,
Que pendura dia e noite sem mudar.
Sem pressa, o certo tornasse o errado,
A virtude confundisse com a maldade
E, como pássaros presos em jaulas,
Assistimos a tudo como a uma aula.
É indiscutível a destreza da crueldade;
Até o planeta tornou-se um algoz.
Não reconhecemos mais a natureza,
Muito menos ela aprova a nós.
Rio de Janeiro,
02/09/2024