Século 21

Mesmo que me vendassem os olhos,

Ainda assim, não conseguiria aceitar

A terrífica realidade do século nauseante,

Que pendura dia e noite sem mudar.

Sem pressa, o certo tornasse o errado,

A virtude confundisse com a maldade

E, como pássaros presos em jaulas,

Assistimos a tudo como a uma aula.

É indiscutível a destreza da crueldade;

Até o planeta tornou-se um algoz.

Não reconhecemos mais a natureza,

Muito menos ela aprova a nós.

Rio de Janeiro,

02/09/2024

Marta Santana
Enviado por Marta Santana em 02/09/2024
Reeditado em 02/09/2024
Código do texto: T8142531
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