As notícias continuam iguais

Reconheço minha pequenez.

Das cercanias do tempo

exalam perguntas:

o que me leva

a perder-me de mim mesma?

As respostas ecoam, algures,

num diapasão de memórias

que sugerem o meu desvanecer.

 

Não há poesia

neste tom de sussurros da alma.

Apenas a certeza de que as notícias

continuam sendo iguais,

continuam se repetindo:

vazio, dor, tristeza, mundo cinza

e a vida que passa

em meio à penumbra e escuridão.

 

Reconheço minha pequenez.

Asas se fecham

enquanto a alma

reculuta angústias

para dentro do coração.