O VISLUMBRE É CONTÍNUO
O vislumbre é sempre corrente,
Não tem prazo final,
Ao contrário do dormente
Que sonha ter alcance total.
Quando os olhos se abrem
Pouco podemos compreender
Como é que coexistem
Quem perde e quem faz perder?
Não é com subta aparição
Que a luz revela a vastidão,
O horizonte também nada garante
Além de caminhos ao caminhante.
O vislumbre é sempre corrente,
Não tem prazo final,
Ao contrário do dormente
Que sonha ter alcance total.
Quando as visões se abrem
Um pouco mais podemos compreender
Que todas as peças coexistem
Para a engrenagem dar partida, acontecer.
Sem nenhuma subta aparição
A luz, aos trancos, revela a vastidão,
O horizonte também é ampliado
Além do que era revelado.
O vislumbre é sempre corrente,
Não tem prazo final,
Ao contrário do dormente
Que sonha ter alcance total.