Não queria ser um mensageiro
Não queria ser um potencial para o futuro
Uma promessa que eu mesmo não cumpro
Um legado que é um limbo de chão duro
Não queria ser aquele se sacrifica por impulso
Por esse impulso pela verdade
Não queria ser o estraga-prazeres
O remédio amargo que ninguém quer tomar
Não queria testemunhar a estupidez humana de tão perto
Tão vívida e tão prevalente
Não queria viver sem me adaptar
Às mentiras
Deles
Não escolhi ser mais sério
Mais preocupado
E lutar sozinho contra a escuridão
Que eles desprezam
Mais preocupados com a confusão que eles veneram
Que eles precisam
Da ilusão que mata e adia
A verdadeira evolução
Sem transcendências
Sem um mundo melhor
E vivendo de melancolia e abnegação
Que eu não queria
Eu vivo carregando as mensagens que eles também não querem
E assim, pelo menos, nos igualamos
Humanos
Eternos irmãos descontentes