Sois
Num dia um eclipse solar maravilhoso, inesquecível.
Daqueles que a lua desfila entre a terra e o sol, debochada!
Daqueles em que tudo fica pálido ao ponto de desaparecer.
Nesse dia as aves espantam-se voam para todos os cantos.
Aquele foi o mais bonito que já se viu!
Numa noite todos os olhos eclipsados por um olho que não se esquece.
Mas não tinha penumbra alguma, só brilho e muito mistério vivo.
Daí em diante as diferenças desfilaram entre o querer e ele, sempre!
Então os defeitos próprios do egoísmo afloraram no meio de tudo tudo.
Apesar da frieza, aquele foi o mais bonito que já se sentiu!
Num caminho viram-se quantos obstáculos havia para transpor o medo.
Assumir a certeza de ter a liberdade como alimento do dia a dia.
Aceitar o tédio da rotina mundana, pois se tinha a certeza do brilho intenso.
Ficar aborrecido por não poder vê-los toda hora do dia da noite, escura!
Agora já não se vive, mas aqulo foi o bonito que já se viveu!
Djalma João Pimentel
2006