T E S T A M E N T O
Neste momento não queiram saber os motivos que me trouxeram aqui, apenas acreditem no que estou vivendo. Meu relatos. Minhas experiências.
Não aceitem meus desabafos, como se verdade fossem. Verdade absoluta é somente… ELE… nada mais.
Não deixem meu mau humor instantâneo ou duradouro estragar a festa, eu sou mais um que ainda não aprendeu a sorrir facilmente..
Não te importes com palavras que saem da minha boca… as mesmas não são frutos, porque ainda não se tornaram sementes.
Lembrem-se de uma coisa. Sou eu que padeço nas minhas dificuldades e vocês não têm culpa nenhuma. É que nesse momento estou privado de sentir amor… por mim mesmo… pela minha matriarca, pelos meus. Portanto, devo ser eu a recuperar o que o passado me roubou.
Viajo pelo um deserto, no qual não devo dar caronas a vocês. No entanto, saibam…
retornarei, cedo ou tarde.
As minhas rugas frias e intrépidas, nesse momento, não devem diminuir o sorriso de todos - faces amigas e companheiras.
A ausência de afagos torna-se compreensível… a lágrima que me estanca a graça está presa cá, na garganta ressequida pelo momento.
Não nego. Estou com problemas… Eles são permeados por sentimentos que qualquer mortal teria.
Fugir não é o caso, seria um suicídio. É hora de viver tudo isso, e se eu aguentar, um pouco mais. Só careço de uma pitada de amor e de nada mais.
O silêncio e a solidão tornaram-se meus bons companheiros. Me ajudam a me auto-auscultarem.
No mais estou indo com o desejo de retornar. Só não sei quando e com quem.
Agradeço a todos pela paz na consciência e pela atenção, dispensada a esse pequeno ser…
De volta a vida cá estou eu… um “gênio.”
Saudações.
Em breve.
Eu… tu… Ele… nós… vós… eles.
Editada em 11.11.2000
Reeditada em 24.08.24
Eugênio Costa Mimoso.