Ambiguidades

Sou viajante. Em meio às angústias, percorro caminhos tortuosos da solidão e da incerteza.

Na jornada que travo, busco respostas às minhas ambiguidades.

Sigo pelos labirintos de minh'alma,

buscando encontrar poesia nas encruzilhadas da dor,

que permeiam a escuridão.

Mergulhado nesse labirinto, olho para a imensidão do cosmos, pano de fundo imenso e misterioso a amplificar significados.

Não busco um azimute,

uma saída.

Quero entender e enfrentar as profundezas

de minha existência e miséria.

Não conto estrelas,

mas dúvidas, temores, incertezas.

Nas noites negras, nebulosas que enfrento, o pão da ambiguidade me norteia noite adentro.

Na escuridão, que permeia meus passos, o desconhecido, as inconstâncias da vida e a ausência de sentido se apresentam no orvalho da angústia.

Sombras encobrem a clareza e a certeza, mas ao mesmo tempo me levam à introspecção, ao autoconhecimento.

A uma profunda reflexão: Tudo é ambiguidade!

Nesse palco de reflexões, vou desvelando minha essência.

Confronto meu vazio interior.

Busco autenticidade em meio ao silêncio inquietante do próprio cosmos.

Numa tentativa de dar significado à vida, entrelaço palavras em meio a versos e metáforas.

Em meio à poesia, vou aprendendo resiliência.

Em meio a caminhos complexos e multifacetados, como alquimista das palavras, não busco o elixir da longevidade.

A certeza que tenho é que a finitude dá sentido às minhas escolhas, no labirinto de minh'alma.

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 28/08/2024
Reeditado em 28/08/2024
Código do texto: T8139126
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