Ambiguidades
Sou viajante. Em meio às angústias, percorro caminhos tortuosos da solidão e da incerteza.
Na jornada que travo, busco respostas às minhas ambiguidades.
Sigo pelos labirintos de minh'alma,
buscando encontrar poesia nas encruzilhadas da dor,
que permeiam a escuridão.
Mergulhado nesse labirinto, olho para a imensidão do cosmos, pano de fundo imenso e misterioso a amplificar significados.
Não busco um azimute,
uma saída.
Quero entender e enfrentar as profundezas
de minha existência e miséria.
Não conto estrelas,
mas dúvidas, temores, incertezas.
Nas noites negras, nebulosas que enfrento, o pão da ambiguidade me norteia noite adentro.
Na escuridão, que permeia meus passos, o desconhecido, as inconstâncias da vida e a ausência de sentido se apresentam no orvalho da angústia.
Sombras encobrem a clareza e a certeza, mas ao mesmo tempo me levam à introspecção, ao autoconhecimento.
A uma profunda reflexão: Tudo é ambiguidade!
Nesse palco de reflexões, vou desvelando minha essência.
Confronto meu vazio interior.
Busco autenticidade em meio ao silêncio inquietante do próprio cosmos.
Numa tentativa de dar significado à vida, entrelaço palavras em meio a versos e metáforas.
Em meio à poesia, vou aprendendo resiliência.
Em meio a caminhos complexos e multifacetados, como alquimista das palavras, não busco o elixir da longevidade.
A certeza que tenho é que a finitude dá sentido às minhas escolhas, no labirinto de minh'alma.