R.E.L.A.T.O

Estou aqui

de novo, novamente

absorto na

solidão dos tempos…

remotos.

Perguntas…

variedades. São tantas.

Carências, não nego, as

tenho. Vivê-las… sábio

dilema.

Versos. Ei-los aqui.

Não os desejo, portanto,

já sei… marginalizo-os.

Procuro sobras,

restos atônitos,

para assim esconder-me,

de sentimentos como:

compromissos, medos.

Giro as costas para

o meu espelho a contemplar-me.

Não desejo ver-me. Verme.

Contemple-os se fores capaz.

Estou aqui, mudo,

nú… engasgado com

a palavra presa na…

garganta. Arrogante!

Retorno-me da falência

abro concordata…

O que não sei, explico-me.

Ouçam-me!

Aqui estou, pessoa…

quem sabe acolá.

Vim querendo saber

aprender

morrer

ressuscitar.

Quem saberá.

… Deleito-me…

Eis-me no esquife

esticado, estirado de

mãos entrepostas

sentido frio ao

leste e calor na

peste… defuntei-me.

Jazigo da família…

quem dera.

Editada em 29.03.1999

Reeditada em 24.08.24

Eugênio Costa Mimoso.

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 28/08/2024
Código do texto: T8138753
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