Q U I M E R A E U…
Quisera eu ter a menina dos
teus olhos e a graça de
contemplar tudo o que eu
ainda não enxerguei
no fundo do seu âmago.
Quisera eu pertencer
ao teu simples ser, que
respira, sem o coração
desfalecer.
Quisera eu ter a certeza
certa, de que sou único
em sua vida. Essa de,
cada dia, dai-nos hoje.
Quisera eu encontrar
a chave do meu interior
e far-te ver, meu carecer
padecer,
em momentos até
adoecer… caso eu
sinta que já não me
ama mais, tanto como
outrora. Como fora
um dia.
Quisera eu, não ser mais
eu, mas sim, outra nova
pessoa… inteligente,
paciente, afável, amável.
Amor.
Quisera eu ser literalmente
bajulado, acarinhado
cuidado, desejado
Amado… por mim
mesmo…
Quisera eu não ser
tão egoísta,
ser parceiro
verdadeiro
em horas tristes
que o real
supera o ideal.
Quisera eu… ser teu
riso, teu beijo, sua
Lágrima, tua vida.
Teu outro sexto
sentido… sentindo
que eu me sinto.
Quisera eu, começar
terminar
tudo no todo
sem vergonha
de dizer: estou
aqui… venha até mim
meu doce mel
parte de meu existir.
Quisera eu ser humano
compreender
não julgar, nem
condenar. Menos
ainda pesar um dos
pratos da balança
cega, que não presta.
Senão para aprisionar.
Quisera eu me
libertar,
voar, sair deste
casulo, e borboleta
transformar-me.
Por enquanto, lagarta
estou, aguardando a
minha
meta
morfose.
Voar.
Editada em 16.09.2000
Itaobim-MG
Reeditada em 27.08.24
Eugênio Costa Mimoso.