Minhas verdades

 

E eu gritei aos ventos.

Eram as minhas verdades e não cabiam mais no peito...

Precisava explodir.

 

E o vento levou-as a você,

E você imaginou que fosse uma canção.

E cantou e cantou, sem prestar atenção às palavras.

 

E o vento levou-as às montanhas

E lá, foram de encontro aos rochedos,

E assim transformaram em ecos, que se confundiram e morreram...

 

E o vento levou-as ao mar,

Que as repetiu no murmurar das ondas,

Até que se perdessem na vastidão das praias...

 

E o vento levou-as aos céus,

E elas precipitaram-se sobre mim, fazendo-me compreender,

Serem apenas minhas, estas verdades.