Sobre a fragilidade do tempo
Um tempo que não é concreto
Um tempo que não acontece
Que não existe porque
Tão logo nasce
Já é passado fluído
Um tempo sem memória
Esquecido
Sem saudade
Um tempo só de aparição e perecimento
Tempo moderno?
Tantas concretas incertezas
Tantas frágeis certezas
Perguntas sem respostas
Que mais há pra aprender
Que mais para apreender
Tempo caótico na sua própria existência
Sem futuro, sem passado
Que tempo é esse?
Pergunta o velho no banco da praça
Ninguém ouve
Todos têm pressa, o tempo urge