CULPA DO SIGNO, DA SÍNDROME, DA FALTA DE TERAPIA
Pessoas passeiam impotentes pelos mesmos por quês,
Junto ou afastado forjando facilmente desconforto,
Projetando ideais sobre si onde foge ao controle
Antessala de espera interessada a quem banque.
No cenário cirandeiro de atos ajustados por astros,
Mas que o humor não seja termômetro do amor
Mau ou bom, sentimento inflamável de transição.
Flutuante passional entre teoremas e traduções
Varrendo ao vento conversas entre o falso e achismos
Frustrações como matéria de interesses banais
Dialogando terapias e temporais, somos percursores.
Geração que em massa, fala e cala e causa horrores.
Que a raiva respire e o dó do próximo não corrompa
Excluindo o próprio querer, coragem ameaçando ceder.
Reciclagem e manutenção de auto feito fases da lua que
Míngua, cresce, se enche, rege o mar de cada um na sua.
Que a dúvida visite e seja isso, não motivo pra morder.
Sem dívida a pagar, são frases implacáveis pra esquecer
Que saem de súbito dessa boca impossível feito soco
Ecoam na cabeça e antes que enlouqueça, da tua.