CULPA DO SIGNO, DA SÍNDROME, DA FALTA DE TERAPIA

Pessoas passeiam impotentes pelos mesmos por quês,

Junto ou afastado forjando facilmente desconforto,

Projetando ideais sobre si onde foge ao controle

Antessala de espera interessada a quem banque.

No cenário cirandeiro de atos ajustados por astros,

Mas que o humor não seja termômetro do amor

Mau ou bom, sentimento inflamável de transição.

Flutuante passional entre teoremas e traduções

Varrendo ao vento conversas entre o falso e achismos

Frustrações como matéria de interesses banais

Dialogando terapias e temporais, somos percursores.

Geração que em massa, fala e cala e causa horrores.

Que a raiva respire e o dó do próximo não corrompa

Excluindo o próprio querer, coragem ameaçando ceder.

Reciclagem e manutenção de auto feito fases da lua que

Míngua, cresce, se enche, rege o mar de cada um na sua.

Que a dúvida visite e seja isso, não motivo pra morder.

Sem dívida a pagar, são frases implacáveis pra esquecer

Que saem de súbito dessa boca impossível feito soco

Ecoam na cabeça e antes que enlouqueça, da tua.

Pablo Machado
Enviado por Pablo Machado em 21/08/2024
Reeditado em 21/08/2024
Código do texto: T8134079
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