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Somos tão frágeis… tão pequeninos que às vezes somos incapazes de celebrar os mistérios da vida… Ah! Vida.
Alguém , tu sabes bem quem, um dia nos aproximou, nos apaixonou, nos casou. E mesmo diante de nossa pequenez, Ele nos tornou gigantes, pela própria mãe-natureza.
Hoje fizemos sete vidas (ou mais), sete estradas, sete anos que somos juntinhos um do outro. A cada ano cresço mais, caminho mais, sinto mais o desejo ardente de voltar ao útero do meu aconchego… que és tu, berço esplêndido do nosso Criador.
O que podemos, melhor, como fazemos para agradecermos tamanho presente de vida, um gerado, consubstanciado no outro a ponto de nos tornamos presentes?
Uma criatura como eu, nada simples, porém singela… buscando a presentear-te pela passagem desse momento tão ávido, permeado de perfeição. Onde eu e tu estamos construindo nós… uma só carne… um só espírito.
Não anseio por explicação, apenas sonho em traduzir em prosa e verso, talvez em rima, esse meu sentimento tão profundo por ti. Gritarei pelos rincões do Brasil e pelos gerais das minas… para o mundo, o quanto estou grávido, preenchido por esse amor tão acentuado na alegria, que às vezes me faz cantar, cantarolar uma estrofe não mais sentida, porém, vivida. Deus é Amor.
Aceito deveras que não posso ir além… tenho limitações e as cercas do meu existir terminam, onde começam as tuas.
Felicidade!!! Esse é o meu único sentimento por ti, por Ele, pelos amigos que aqui nos ajudaram a chegar, pela nossa existência nos filhos que ao longo dessas sete vidas, nós geramos. Projeto de vida e-terna.
Façamos então um brinde no cálice da vida do nosso resistir.
Tim, tim, meu amor…
Nós te amamos… eu e Ele.
Vos agradeço pelo tempo
pela tua alma, nosso espírito
pelo teu corpo quente e suave,
mais um pedacinho escondido nas entranhas do nosso querer viver… sem anoitecer… final de um novo alvorecer.
Não temas. Estamos aqui…
Ele e eu…
Terminei.
Editada em 08.01.1999
Reeditada em 18.08.24
Eugênio Costa Mimoso.