REFÉM DA SOLIDÃO

Deixei que minha alma voasse,

Como voa um falcão ferido,

Não quis que ninguém me olhasse,

Com pena, por ver meu mundo ruído.

Sempre fui refém da

solidão.

Nunca encontrei o meu oásis,

Já vivi num mar de ilusão,

Sempre fora da minha realidade.

Passei a vida inteira sonhando,

Como a criança a espera do presente,

Sem saber que era só um sonho bom,

Só agora compreendo finalmente.

Eu sempre desconfiei da sorte,

Tentando driblar minha emoção.

Eu viajei desde o Sul até o Norte,

Nunca fui dona do meu coração.

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Ignez Freitas

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