ALMOÇO DE DOMINGO
Desfaço os nós da memória
Procurando entender o que sobrou
Daqueles almoços de domingo
Marcados pela contingência da falsidade
Que amarelava os sorrisos
E deixava um gosto azedo na boca
Depois o silêncio não fazia sua parte
Nem todos guardavam o segredo
Que teimava em entrar
Pela fresta da palavra
Que deixava o domingo
Com cara de segunda-feira