(para o amigo SLM)

A vida em sua efemeridade...

Ando por paisagens em cruzes,

Busco aquiescer o tempo,

sua longevidade tão curta.

Quero entender, não consigo. 

Vejo o caixão baixar à sepultura. 

Triste! Não há pássaros no céu.

O sol caustica o momento,

arde a vista. 

Lágrimas rasgam a garganta. 

Ora, quem é o inimigo?

Por que não mostra a cara?

Oh Deus, por mais que insista,

rogo que me garanta.

Foi preciso, valeu a pena?

Porque a dor é tanta...

Que se abra a ele então,

as portas na terra santa.

Rio de Janeiro, 17.08.24