O que era forte
O que era forte
Tornou-se frágil
E despencou cru
Na tórrida madrugada
Onças pardas
Pareciam sossegadas
Nas florestas imensas
Pisando flores e insetos
Depois veio
O tempo dos homens
E tudo que era cruel
Tomou outra dimensão
Agora é assim
Onça só o couro
Da bolsa de quem
Puder pagar
Nem as flores
Nem os insetos
Nem as pegadas
Ficaram como marcas
De outro tempo
Tudo agora é assim
Distúrbio fumaça
Crimes notícias
Aço ferro breu
Ninguém quer
Mesmo saber
O que o outro
Por acaso sofreu
É só curiosidade
Para depois
Contar