Confissões!
Poesia para mim...
É o meu lugar - comum.
Onde há intimidades.
Uma conversa do meu eu!
É estar solto numa folha em branco.
Pintar, contracenar o encanto!
Minha galhofa é melancólica.
Certa vez apanhei tanto,
Chute na costela(...)
Mas, no entanto:
O peso das palavras, me obliterava.
Como fui rejeitado de pai!
A alma já era ferida.
A ama de leite me chutando com deleite,
alcoólica. Eu tinha 5 anos...
Cena que jamais esqueci.
Minha alma dói a dor da ausência.
Meu nome era balbuciando tanto,
só que com outras nuances;
que nem posso falar.
Triste era meu andar!
Vivi no quarto dos fundos da minha'alma.
Às vezes me encontro lá.
Só quem sofre o abandono - sabe
o que é essa névoa psíquica.
Hoje ainda aos 37 anos,
carrego a loucura destes tempos.
Ando estupefato, vendo que quanto mais amo,
Mais sou rejeitado.
O amor tem gosto de sicuta.
Trago um peso de um pássaro morto(...)