O Rio

Do alto de uma encosta, de uma rocha ele brota

Escorre frio, límpido, silencioso e cristalino.

Percorre sinuosos caminhos.

Forma quedas d'água, gargantas, desfiladeiros....

Barcos serpenteiam por seus meandros.

Há vida em suas margens!

Se une mais ao longe a outras águas!

Diluido em outro substrato, segue outro curso.

Já nao corre tão límpido, silencioso e cristalino.

Carrega consigo a poluição ribeirinha.

Noutros pontos leva consigo o avermelhado do mercurio.

Garimpo.

Muitos Joãos e Marias sem sobrenomes, morreram por suas contaminadas águas turvas

Já não é mais o mesmo!

Aquele que brotou da rocha se fundiu a outro...a outros e outros.

Parte de si já não existe mais. Evaporou!

Agora é um Rio Voador!

Cai em outros lugares como chuvas de verão

a regar lavouras e pastos

Assim também são os homens.

Às vezes cristalinos, noutras tóxicos.

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 15/08/2024
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