O homem e a máquina

O homem e a máquina

Cardoso I

Ao acordar esta madrugada,

Refleti sobre a inercia

De se manter parado.

Estarrecido, questionei

Com minha própria imaginação,

O sentido da vida.

E me coloquei como exemplo,

De como as coisas realmente podem ir contra o tempo,

Contra mão,

A favor da solidão.

Meu eu nesse instante,

Dissipou-se pra mais longe,

inútil,

Frágil,

Sem serventias.

Em outros tempos, até que era diferente,

Mais comunicativo,

Prestativo

Mais potente.

Mas, agora são outros quinhentos,

Esquecido,

Enfraquecido,

Abandonado,

A própria sorte e ao mal tempo.

A maré começou mudando,

Após as mãos irem envelhecendo,

E os olhos enfraquecendo com o tempo,

Processo natural,

Não para o mercado,

Que faz seleção artificial.

Por fim, as maquinas venceram,

Fui substituído,

Esquecido,

Subestimado,

Os anos de serviços apagados.

Agora sou eu ,

Numa casinha qualquer,

Um recanto de idosos,

Um labirinto de fé,

Refém das memorias

E saudoso de vastas historias.

As maquinas vençeram,

Estamos todos sendo trocados,

substituidos,

Enfraquecidos

E apagados.

Ivonoel cardoso
Enviado por Ivonoel cardoso em 14/08/2024
Reeditado em 16/08/2024
Código do texto: T8128763
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