O Calor Noturno

Calores noturnos invadem meu corpo, procurando abrigo,

Eu me banho em águas geladas para acalmar o que sinto.

Chama forte que envolve o peito, um suspiro aflito,

Buscando no escuro um refúgio, um cantinho finito.

Em brasas de desejos, meu corpo se perde e se acha,

Observando a lua, silenciosa, esperando o sol que pouco se encaixa.

Mergulho em águas frias, num ritual que acalma o coração,

Mas o fogo persiste, uma chama que queima em contramão.

No contorno das noites intermináveis, meus mistérios fáceis de desvendar,

Entre o calor e o frio, um equilíbrio que ainda não consigo encontrar.