Pássaro Azul

Saudades das manhãs que se foram,

Quando a janela se abria ao amanhecer,

E a natureza se pintava em cores celestes,

O sol nascendo, a cidade desperta,

E no jardim, o pássaro azul a voar.

Cores que se confundiam com o céu,

Gesto simples, beleza pura e alviceleste,

Coração radiante, lágrimas de emoção,

Pousa na janela, suave e sereno,

Honestidade em asas delicadas.

Mas então surge o pássaro rosa,

Ofuscando a paz que o azul trazia,

Um golpe no coração, tristeza na escuridão,

E os pássaros se foram, guiados pelo vento,

Deixando um vazio, lembranças que restam.

Desde a partida do pássaro azul,

Os dias se tornaram opacos,

Dores em silêncio, vida esmaecida,

A janela se abre, mas o coração vazio,

Cores e formas dançam num carnaval fugaz.

Sorrisos para todos, mas no fim, a solidão,

Olhos perdidos no céu, esperando o azul,

Até que um toque suave desperta,

O pássaro azul retorna, iluminando o jardim,

Coração que revive, encanto renascido.

Mas o pássaro rosa novamente surge,

E a beleza é roubada, lágrimas caem,

Partem com o vento, a solidão retorna,

Pássaro azul, te amei nas pequenas asas,

Pássaro azul, ainda te amo, em cada breve pouso.

Felipe M do Carmo
Enviado por Felipe M do Carmo em 13/08/2024
Código do texto: T8128417
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