De Um Prédio Sem Energia - André Espínola

Prédio morto

Jaz erguido

Na cidade

Sem energia.

É um corpo

Sem vida.

Aberração

Sem nome.

Divindade

Imerecida

Dos homens.

Pranto contido

De crianças

Temerosas

Do escuro.

Suave gemido

Do sexo

Invisível

Na cama.

Orgias

Das solidões

Sem televisões

Nas salas.

E o som

De caladas

Poesias.

Autores do Nossarte
Enviado por Autores do Nossarte em 11/01/2008
Código do texto: T812734