De Um Prédio Sem Energia - André Espínola
Prédio morto
Jaz erguido
Na cidade
Sem energia.
É um corpo
Sem vida.
Aberração
Sem nome.
Divindade
Imerecida
Dos homens.
Pranto contido
De crianças
Temerosas
Do escuro.
Suave gemido
Do sexo
Invisível
Na cama.
Orgias
Das solidões
Sem televisões
Nas salas.
E o som
De caladas
Poesias.