Paralisado
Sinfonia vazia, cota de sofrimento cheio
Plateia entretida no receio
Do rodeio de suas clavículas
Dia após dia, escancarando portões
Das capitais obscuras do teu coração
O rebanho passa, manancial de lembranças perdidas
Agarrando chifres, coxas, caudas bifurcadas
Seus dedos procuram o resto que ficou
A antevisão arcaica de ferraduras
Que a suas pisadas não coube
Um zilhão de céus se partem em sua espinha dorsal