Ruínas
Cansado de rotinas e convenções
De uma fluida individualidade
Imerso numa mundanidade corrompida
Procuro algo!
Meu caminho é incerto!
Só ouço gemidos numa existência inautêntica.
Escavo camadas do tempo,
Encontro ruínas!
Na busca por um autêntico existir,
Revelo fundações esquecidas
Desconstruo quem sou.
Nas escavações de mim mesmo,
Camadas de convenções e esquecimentos.
Poeira e terra,
Fragmentos de vida inautêntica!
Vestígios do tempo que me cobriram.
Em meio a ruinas encontro o meu Nada!
Angústia do meu ser.
Lançados ao tempo,
Reescrevo versos inacabados,
Dou sentindo ao mundo, livre de amarras.
Reflexos de dias que ainda não vivi.
Em cada fragmento reconstruído,
Descubro-me em profunda autenticidade
Como poema inscrito em minh'alma.
Restauro minhas ruínas,
Desbravo terras desconhecidas.
Encontro a liberdade, onde a finitude revela a plenitude da minha essência.
Quero ser arqueólogo de mim mesmo!