Ruínas

Cansado de rotinas e convenções

De uma fluida individualidade

Imerso numa mundanidade corrompida

Procuro algo!

Meu caminho é incerto!

Só ouço gemidos numa existência inautêntica.

Escavo camadas do tempo,

Encontro ruínas!

Na busca por um autêntico existir,

Revelo fundações esquecidas

Desconstruo quem sou.

Nas escavações de mim mesmo,

Camadas de convenções e esquecimentos.

Poeira e terra,

Fragmentos de vida inautêntica!

Vestígios do tempo que me cobriram.

Em meio a ruinas encontro o meu Nada!

Angústia do meu ser.

Lançados ao tempo,

Reescrevo versos inacabados,

Dou sentindo ao mundo, livre de amarras.

Reflexos de dias que ainda não vivi.

Em cada fragmento reconstruído,

Descubro-me em profunda autenticidade

Como poema inscrito em minh'alma.

Restauro minhas ruínas,

Desbravo terras desconhecidas.

Encontro a liberdade, onde a finitude revela a plenitude da minha essência.

Quero ser arqueólogo de mim mesmo!

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 11/08/2024
Reeditado em 11/08/2024
Código do texto: T8126323
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