Em busca se si!

A inutilidade da alma,

Percorrida pelo prelúdio da saudades,

Desfaz-se na mente de coração vadiu,

Onde o medo e incerteza alvorece,

Mostrando o ritmo descompassado

Da tristeza,momentânia,

Ardente espelho ilusionaria,

Onde vida transcorre,

Refletindo o anseio

Dos momentos,

Deixados no tempo,

Na fonte que brota o esquecimento.

Paira o nada, onde tudo era possível,

Mais a possibilidade do refazer torna-se mais distante,

Entrego-me assim,

As lembranças de um tempo vivido,

Ocasião onde a liberdade de ação e expressão,

Era vigente, e ativa.

Doce e ilusória vida!

Ardente tema da saudades,

Faz-me crer no retrocesso do tempo,

Lá escondida entre manchas alegres,

Ilusória mais intensamente vividas,

Por isso percorre a saudades. Do tempo,

Deixado ao lado da caminhada evolutiva,

Em busca de si.

Falo do tempo ilusionário,

Mais tão presente no tempo de cada um,

Onde fatos presentes retrocedem,

Às máscaras do passado não tão remota,

Onde marcas foram deixadas,

No meu eu interior.

A saudade invadindo o contemporâneo,

Pesar de um ser material,

Mais livre, com capacidade de flutuar dentro do seu

Interior de paginas reviradas,

Através do tempo de si mesma!

Fadigada esperança do prazer,

Atravessa-me a alma,

Mostrando-me o segredo do pensar,

Com o prazer do sentir,

Onde tudo me leva a crer,

Ainda estou verdadeiramente,

Convencida de que atravesso a vida em busca mim,

Numa necessidade incessante de encontrar o verdadeiro "eu" interior!

Claudia Aparecida Franco de Oliveira /04/12/2005