À deriva

Um barco abandonado e esquecido está

Num mar escuro,

À deriva a navegar

Sem farol

Sem porto para atracar

Navega sem bússola

Sem âncora

Sem norte

O barco sou eu!

O mar...?

Solidão!

Suspensas num fio do tempo

Velas frágeis, finas, como um lamento

Já não se enfunam ao vento

Que nelas deixa seu cruel tormento

O barco sou eu!

O mar, solidão

O vento...?

Desilusão!

Condenado a uma vida de sombras espalhadas

Esvaziado de cores e sentimentos

Desidrato em amargas lágrimas derramadas

O barco sou eu!

O mar, solidão

O vento, desilusão

As sombras?

Angústias!

Em meio a esses sentimentos todos,

A forte onda, o sonho levou!

Devo aprender a navegar este meu barco!

O tempo das lágrimas passou.

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 09/08/2024
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