CAFÉ EM PÉ
Queria tocar sua mão com a minha com selo de chave
Um símbolo de abrir colado na minha palma para descolar na sua
Porque se não posso te dar ossatura leve de ave
Quero ao menos abrir espaço para sua alma nua
Como coisa que cai da mão quando vemos a lua
Tão linda no céu e guardada de ser tocada para que não seja apenas matéria
Como cigarro que cai da boca quando a beleza nos atropela no meio da rua
Quero que também seja assim com você quando chegar o dia de sair de férias
De mim e de todas as coisas ditas sérias
Como pagar a conta do conserto do aparelho pago com trabalho mal pago
Como abrir mão da vida como obra de arte e da vida em forma de assuntos ridículos e pilhérias
E envelhecer em frente à tv dando bom dia ao sangue e boa noite ao mago
Queria tocar sua boca com a minha com um beijo de afago
Seco como quando se beija quando o amor selvagem vira amor de propaganda
Porque se não vale o pouco que por alto preço obtenho e trago
Não há porque pedir outra canção à banda