Sem norte
Entre palavras doces e duras
você plantou uma mistura agridoce no meu chão.
Eu que sempre me julguei forte
desmanchei-me sem um norte vagando na escuridão.
No vagar de minha alma venho buscar
a calma que há muito não encontro mais.
Quisera, um dia voltando como uma chuva que
tem sua própria estação
derramar no meu coração as sementes da razão,
nesse dia veria brotar uma flor rara,
e por ser tão cara poucos poderiam comprar.
Seu nome?
Mais – amar.
Minha alma que depois de adubada,
semeada e regada,
viu florescer em meu ser um jardim de esperança
que apenas teima em se reerguer.
Responde a brisa suave que passa,
Leve como o orvalho a escorrer,
E ao teu lado, a vida desabrocha em graça,
Pois onde há dor, o renascer.
Crédito da última estrofe - "A Sales".