CANTIGA DE ESCÁRNIO

Alma imunda, desprezível e tão sem graça

Cuja qual nem a pior doença abraça

Teu sorriso, falso e fútil, é uma desgraça

Tua presença em qualquer canto é uma ameaça

Vives sempre nesta vida de madraça

Tua maldade é tal e qual um cão de caça

Que persegue, humilha, zomba e rechaça

Até mesmo quem te admira e te abraça

Mas um dia, há de cair-te a carapaça

Desvelando tua sina de trapaça

Tua amizade, não quererão nem de graça

E serás cão rabugento em plena praça.

Demelirios Setenóva
Enviado por Demelirios Setenóva em 07/08/2024
Código do texto: T8123488
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