CANTIGA DE ESCÁRNIO
Alma imunda, desprezível e tão sem graça
Cuja qual nem a pior doença abraça
Teu sorriso, falso e fútil, é uma desgraça
Tua presença em qualquer canto é uma ameaça
Vives sempre nesta vida de madraça
Tua maldade é tal e qual um cão de caça
Que persegue, humilha, zomba e rechaça
Até mesmo quem te admira e te abraça
Mas um dia, há de cair-te a carapaça
Desvelando tua sina de trapaça
Tua amizade, não quererão nem de graça
E serás cão rabugento em plena praça.