Sonhos insanos

Deixe meu corpo fenecer nesse sacrifício

Não há armadilhas suficientes para meu espírito

Esse remorso se faz presente em meu cotidiano

Onde essa alma lívida morre em engano

Esses sonhos ígneos, tão insanos

Evidenciam minhas incertezas sobre a realidade

Se eu conquistar meus devaneios por apenas uma noite

Irei encontrar o portal que conduz à eternidade

Não existem seqüelas para provar que a batalha existiu

Somente essas lembranças irão perpetuar...

Se eu abrir os olhos e cair nessa amnésia profunda

Nesse abismo de eufemismos, meias verdades

Onde minha melodia se perdeu

Se eu abrir a porta e encontrar uma amarga lucidez

Encontre-me sóbria e perdida nesta teia

Em imagens disformes e distantes

Onde essa alma cálida adoeceu

Que essa granada estilhace esses sentimentos

Que essa neblina ofusque apenas dolorosas paixões

Somente a vida pode ferir esse corpo mortal

Pois a morte apagará essas vãs ilusões

Não há como acreditar nessas profecias profanas

Apenas as palavras irão se perpetuar

Um frêmito breve me trará recordações

Como a mais pura e lânguida sensação de medo

Não há histórias, esse sonho morreu muito cedo...

Um sussurro suave anunciará meu adormecer

Por segundos insanos eu sonharei horas inexplicáveis

Com a doce agonia de por amor morrer...