Sem Surpresa
Não há surpresas:
As coisas do amor
São simples, se sim
Ou não, se não são.
Descem ao coração,
Através dos olhares
Aceleram nosso peito
Se vão e inexistem
No aqui, agora real.
Tudo muito discreto,
Às vezes, asséptico,
Incolor e dolorido.
A dor faz parte dele
Integra quase sempre
O todo e não se vai
Nem com reza braba
E nem com maldição.
Resta-nos muito pouco
Sombra de nossa vida
Ou sobra taquicárdica
Do que foi o coração.
Referência:
MALLMITH, Décio. Sem Surpresa (Poema). In Vozes da ALTO. Volume 3. p. 25. Wilson Colares da Costa (Organizador). ISBN: 978-65-88800-24-9. Teófilo Otoni: Academia de Letras de Teófilo Otoni, 2024.