PALCO DA EXISTÊNCIA
A vida, essa peça sem ensaios,
Onde cada ato é um presente fugaz,
Nos convida a mergulhar no desconhecido,
A sentir a pulsação do agora, no aqui.
Não há script que nos prenda,
Nem cortina que nos avise
Quando o fim se aproxima,
Apenas nós, os protagonistas,
Escrevendo nossa história a cada passo.
Neste teatro sem fim,
Somos heróis e vilões de nós mesmos,
Caminhando entre luz e sombra,
Ora seguindo a voz, ora abraçando o silêncio.
Cada cena, uma escolha,
Cada escolha, um rumo.
Podemos ser a estrela que brilha,
Ou a sombra que observa,
O drama que toca, a comédia que alivia.
Há dias em que somos diretores,
Guiando nossos destinos com mão firme,
Em outros, apenas figurantes
Perdidos no mar de possibilidades.
O roteiro é nosso, para seguir ou desviar,
Para criar arte ou caos,
Amor ou ódio, paz ou conflito.
A vida nos dá a liberdade
De sermos tudo e nada ao mesmo tempo.
No palco da existência,
Cada momento é um ato de bravura,
Cada gesto, uma declaração de intenções.
Não sabemos se virão aplausos ou vaias,
Mas sabemos que estamos vivos,
Sentindo, amando, errando.
E é essa a beleza do viver,
Essa dança imprevisível,
Onde o improviso é a alma do espetáculo.
Que possamos, com corações abertos,
Abraçar cada cena com paixão,
Cada ato com coragem,
E cada erro com sabedoria.
Pois no fim, quando a cortina cair,
Não importa se fomos heróis ou vilões,
Estrelas ou sombras,
Importa apenas que vivemos
E que, em cada instante,
Fomos verdadeiros com nós mesmos.
A vida é uma peça de teatro
Sem ensaios, sem reprises.
Que sejamos, então, mestres da improvisação,
Criadores de nossa própria arte,
E que, ao final, possamos olhar para trás
E ver um espetáculo digno de ser lembrado,
Repleto de emoções, surpresas,
E a mais pura essência de ser humano.