lOBO
No silêncio da noite, caminho só,
Sem grilos que cantam, apenas o pó.
O que passou se esvai como bruma,
E em cada passo, a alma se arruma.
Não é que não dou valor ao que foi,
Mas o presente é um lobo, feroz e sem dó.
Na escuridão, olho em volta e percebo,
Forças ocultas que dançam no enredo.
As sombras me ensinam, me fazem forte,
Desbravo os medos, enfrento a sorte.
Com garras afiadas e coração pulsante,
Sou lobo da noite, audaz e constante.
O passado é um eco que já não machuca,
Hoje sou selva, sou vida que luta.
E mesmo sem grilos cantando em meu ser,
A luz da lua me guia a crescer.
A escuridão é abrigo e também é caminho,
No peito carrego um instinto...