GUINADA

Muito mais fácil

Escrever do que

Falar, minha voz

Silenciosa, sem

O risco de engolir

O choro, crescer

Foi uma obrigação

De criança calada

Ser menina era bom

Quase um privilégio

Pouco se exigia, mas

Poucas eram palavras

Muito se esperava do

Tempo que não passava

Até que um dia liberdade

Viria, afinal estava casada

Que nada! Mulher que pensa

Não era bem olhada, descobriu

O grande sentido da sua vida:

Bem forte o menino chorou!

Começou aí sua guinada...

Consuelo Carvalho
Enviado por Consuelo Carvalho em 03/08/2024
Código do texto: T8120916
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