Brasileiro solto...

sobre palavras sombrias me perco entre essas confiçoes,

no tormento do tempo, me acho perdido entre cançoes,

o que me diria a herença, se um dia tivesse tido uma,

o que diriam os padres, se eu nao fosse apenas mais um pecador,

das entranhas da terra, no disco do arpuardor, no raulseixismo,

entre ouros de tolo e disco voador e capitalismo,

pois digam, o que cantariam os loucos, sobre pedra e arruda,

onde mais me acharia perdido se nao nas letras de Neruda,

assim como todos os outros originais, banais, e complicando o mundo,

no meu precario patriotismo, e na falsa modestia do regionalismo,

sim nao me restaria nada pra contar, sobre esse minuto,

nessa cidade esquecida, por entre essas ruas perdidas, e choros abafados,

por entre causadas sangrentas de mendigos chutados, sim,

é essa a minha cultura, a dor da lembrança da imigraçao, a chegada em Vera Cruz,

o dia de todos os santos, e um tupi assustado, é arte a parte que nao temos,

é loucura aquilo queremos, pra fingir que isso é verdade, e aceitar no peito,

toda a mentira que existe na mediocridade da vaidade,

sou brasileiro, como tantos outros, solitario na geografia complexa de sua ira,

nao nasci revolucionario, nem tenho peito de poeta, pois qui nao existe isso,

na verdade aqui nao tem muita coisa, uma filosofia grega e uma onda,

de cristianismo moderado, de falsa procisao, e mandamento gasto

fugindo desse espaço me faço mais um por ai, nessa geologia escaça,

tenho tudo que nao preciso, e penso ter nada daquilo que quero,

tenho um rei cabeludo, e um que jura que fez historia,

tem uma empressa que manda em tudo, e um redendor atordoado,

tem um piloto que nao corre, um dedo decapito... bebidas de alto teor alcoolico,

temos tudo, até praia que é esgoto, temos morte o ano inteiro,

enchorradas no mes de agosto... o bom daqui é que é tudo igual,

parece ser tudo normal, a mesma novela, agua e sal, o mesmo som,

a mesma droga na veia, que mata, dentro da veias de todos os mortal...

temos a porta aberta, para o sucesso, temos nostalgia, temos um martir,

um cristo e uma cruz pra levar, temos o fingimento, o regimento e a playboi,

a taça do papa, a vela acessa, a chave da alegria e o carnaval, temos sim,

quase um bucado de coisas, até natal, nos temos..

porem o que nos falta é a fé na andança....

e um peito menos covarde, pra acreditar na esperança

Gita
Enviado por Gita em 10/01/2008
Código do texto: T811660