O Guerreiro, A Flauta e a Rosa (pt3)

O som da flauta soa doce e belo no lugar

Fraco, eu acordo nesse mundo louco sem saber pra onde olhar.

Caminho ouvindo o doce som que torço pra ser um delírio

Mas as velas apagaram, e o escuro venceu a luz, o frio venceu o brilho

Ainda assim caminho.

E eu estou perdido

Não alcanço a maçaneta

Um mundo estranho e sem sentido

Olho para mim, sou uma criança

Meu corpo redondo some e eu recupero minha confiança

Sem precisar pensar, ajo com certeza, sem precisar de dúvidas.

Feliz com toda essa mudança.

E eu não estou perdido

O silêncio se espalha a todo vapor

Pra onde foi a flauta e seu esplendor?

Caminho sozinho pelo corredor

Cauteloso, mas não aflito, sou corajoso agora, sou feito de sonhos e otimismo.

Sou inocente e penso não poder ser vencido por nenhum inimigo.

Uma impaciência por uma aventura me vem,

Como se há muito eu precisasse disso.

Surge em minhas pequenas mãos uma espada de aço, a qual eu comigo arrasto pois a tenho por mérito, e pois sou fraco

Mas é o que quero fazer, sou uma máquina de viver

Penso fácil, mas não questiono o estranho aparecimento daquele belo aço.

O cômodo mais gelado se apresenta, e a mim, vem a alegria de achar meu objetivo em fim.

Lá estava ele, sentado, segurando sua espada sobre seu corpo de aço

Aquilo era incrível, mas não sabia o que via

Sentia o cheiro de metal que se espalhava.

E ele não se mexia

Em meus pensamentos, surgiu tudo que eu tentava entender sobre aquele guerreiro e seu silêncio

Sobre aquele seu ar de melancolia

Aquilo parecia ser alguém, que lutou todas as guerras do conhecimento e além

Pois a mim estava claro que sua força era enorme sempre.

Ali então conclui, o guerreiro sim perdeu uma batalha,

Aquela que lhe fez perder o rumo

Com a promessa de viver com você, por todo o seu futuro.

Victor Palmieri
Enviado por Victor Palmieri em 27/07/2024
Reeditado em 28/07/2024
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