O Guerreiro, A Flauta e a Rosa (pt3)
O som da flauta soa doce e belo no lugar
Fraco, eu acordo nesse mundo louco sem saber pra onde olhar.
Caminho ouvindo o doce som que torço pra ser um delírio
Mas as velas apagaram, e o escuro venceu a luz, o frio venceu o brilho
Ainda assim caminho.
E eu estou perdido
Não alcanço a maçaneta
Um mundo estranho e sem sentido
Olho para mim, sou uma criança
Meu corpo redondo some e eu recupero minha confiança
Sem precisar pensar, ajo com certeza, sem precisar de dúvidas.
Feliz com toda essa mudança.
E eu não estou perdido
O silêncio se espalha a todo vapor
Pra onde foi a flauta e seu esplendor?
Caminho sozinho pelo corredor
Cauteloso, mas não aflito, sou corajoso agora, sou feito de sonhos e otimismo.
Sou inocente e penso não poder ser vencido por nenhum inimigo.
Uma impaciência por uma aventura me vem,
Como se há muito eu precisasse disso.
Surge em minhas pequenas mãos uma espada de aço, a qual eu comigo arrasto pois a tenho por mérito, e pois sou fraco
Mas é o que quero fazer, sou uma máquina de viver
Penso fácil, mas não questiono o estranho aparecimento daquele belo aço.
O cômodo mais gelado se apresenta, e a mim, vem a alegria de achar meu objetivo em fim.
Lá estava ele, sentado, segurando sua espada sobre seu corpo de aço
Aquilo era incrível, mas não sabia o que via
Sentia o cheiro de metal que se espalhava.
E ele não se mexia
Em meus pensamentos, surgiu tudo que eu tentava entender sobre aquele guerreiro e seu silêncio
Sobre aquele seu ar de melancolia
Aquilo parecia ser alguém, que lutou todas as guerras do conhecimento e além
Pois a mim estava claro que sua força era enorme sempre.
Ali então conclui, o guerreiro sim perdeu uma batalha,
Aquela que lhe fez perder o rumo
Com a promessa de viver com você, por todo o seu futuro.