À REVELIA
Nestas noites, nestes dias,
deixo ir à revelia
os sonhos, as fantasias,
que antes eu conduzia
um tanto serenamente.
U'a mudança aparente
é preciso - e sorrisos,
para ali, em plena rua,
sob a luz clara da lua,
planejar o amanhã.
Estrela de Aldebarã,
sê meu guia, me alumia,
em ti eu confio, e desfio
meu rosário, um relicário
de emoções e senões,
que controlo como posso,
rezando meus Padres Nossos,
e pedindo a Deus perdão.
Na urgência que me move,
já não sei se choro ou chove:
elevo aos céus minhas mãos.