Coisas estranhas na noite doente

Luzes queimando, destoando nesse festim diabólico

Noite é bem tarde ,

Estranha e fatal inconstância abraçam-me,

Restos de sangue evanescem após fortes abalos de uma alma doente

Coisas estranhas, noturnas e tenebrosas

Quebram o silêncio infernal

Olhei para trás e ouvi

Ouvi aquela bárbara, soturna música

Os corpos cobertos de cinzas, antes queimavam

Ouvia naquela loucura, gemidos e lamentos rasgando na escuridão sem fim,

O caos, sentimentos dramáticos

Rituais ocultos, dilacerantes...vertigens sinistras,

Que impregnaram- se em mim

Na loucura total...juízo final...

Minha inconstância tétrica...fatal...

Tentava você abrir a porta

Um fim a custa de muitos e a vida se esvai

lentamente, enlouquecida mente...

Não tinha escolha e não escolher já era uma escolha...

Sob o sol mentem nossas cabeças...

E nesse festim diabólico, noite é bem tarde...

Carla Neumann
Enviado por Carla Neumann em 25/07/2024
Reeditado em 25/07/2024
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