E o poeta calou-se.
E o poeta calou-se.
A voz emudecida, os versos vazios, as folhas em branco.
Quem diria que possível fosse esvaziar uma alma?
Mas a alma poeta precisa de luz para sobreviver...
E a poesia em sua nascente, entristeceu, empobreceu, murchou.
E a quem importa? Não aos desejos mesquinhos...
E o que realmente faz a diferença?
São os sentimentos e não as palavras!
São os gritos que nascem nos corações!
São os ouvidos ávidos por ouvi-los!
Mas o mundo anda ocupado demais. O mundo tem pressa.
É preciso realizar, é urgente chegar, indispensável resolver!
Assim, as paixões são soterradas pelas necessidades...
Os amores aviltados pelo novo, que virá.
A fatura vai chegar! É preciso honra-la.
A música vai tocar e é preciso saber dançar...